CRUSH é uma criação em dança/tecnologia contemporânea, que explora os limites de um corpo diante de interferências específicas do mundo atual e suas influências diretas no corpo e na individualidade do ser urbano.
O nosso corpo é reagente a estímulos externos. Desta forma torna-se constantemente redesenhado, remodelado e reconfigurado de acordo com cada emoção sentida, cada história vivida, cada processo cultural experimentado… em cada alteração externa, o corpo sofre uma transformação corporal, seja ela definitiva ou não, intensa ou quase imperceptível
O projeto participou do Corpo (entre) Contemporâneo no SESC Araraquara.

A chegada de novas ferramentas tecnológicas tem transformado de maneira bastante profunda o nosso corpo-reagente. Estas transformações são bastantes polêmicas, mas é indiscutível, que a entrada da era tecnológica em nossas vidas, no nosso dia-a-dia e consequentemente na arte, provocou e provocará por muito tempo, mudanças irreversíveis nos nossos parâmetros corporais.
As mídias digitais são interfaces que permitem ao corpo uma existência virtual, onde o limiar entre o “real” e “virtual”, animado e inanimado, o “eu” unitário e o “eu” múltiplo são difíceis de definir. O excessivo fluxo de informações, as simultaneidades, as novas reconfigurações para o desejo, os espaços virtuais e tantas outras novas interferências e percepções, influenciam de forma irreversível o ‘modus operandi’ da máquina-corpo.

Assim, o Projeto CRUSH tem como objetivo possibilitar uma avaliação crítica e poética a respeito das “multiplicidades do EU” na sociedade atual. Uma reflexão a respeito do homem contemporâneo, imerso no universo das representações midiáticas.

Ficha Técnica
Concepção, Direção geral e Imagem: Mirella Brandi
Coreografia e Interpretação: Marina Salgado
Música Original: Muepetmo
Dramaturgia: Beto Matos e Marcos Azevedo
Coordenação de Produção: Marisa Riccitelli
Realização: Phila7

Links:
http://www.flickr.com/photos/mirellabrandi/sets/72157629368568242/

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